Cultura ocupa o centro de Goiânia

Prédios e espaços públicos de Goiânia tem se tornado lugares para intervenções artísticas e culturais

NATANAEL GONÇALVES DIAS

Mais uma vez o “Grande Hotel” é ocupado no domingo com uma intervenção cultural. Dessa vez o evento “Dropei – criança viada” foi direcionado ao público LGBT e população em geral. A inspiração do evento foi o dia das crianças, devido à proximidade dessa data. O objetivo foi de promover entretenimento gratuito ou de baixo custo para a população.

O prédio no estilo Art Déco construído na década de 1930 em plena avenida Goiás no centro de Goiânia que a princípio foi o “Grande Hotel”, impressiona pela beleza e simplicidade.  O local foi considerado um dos mais importantes daquela época, já que reuniões de negócios eram realizadas no local e pessoas mais influentes que vinham a Goiânia se hospedavam. O hotel tem o título de Patrimônio Histórico de Goiânia, desde 18 de novembro de 2003. Atualmente, funciona no prédio um centro cultural.

O Edifício tem se tornado, cada vez mais, palco de intervenções como atos políticos, eventos artísticos e culturais. O projeto tem o intuito de levar música eletrônica, funk, música pop e diversão de forma mais acessível para a população.

“Um evento cultural de rua abrange muitas pessoas que não tem condição e com isso estamos dando oportunidade para quem não pode pagar para ir a uma boate”

Evento “Dropei – Criança viada” no pátio do Grande Hotel. Foto: Natanael Gonçalves Dias.

Em uma pacata e quente tarde de domingo, um evento que faz parte desse projeto reuniu pessoas das mais variadas tribos, estilos e contou com a presença de DJs tocando música pop, funk e eletrônica. A estudante, Natália Costa, 19, foi uma das participantes e defende o projeto “Eu acho além de legal, muito importante. Porque ajuda a disseminar a arte e cultura que nós temos aqui em Goiânia”.

O promoter Ítalo Dorotheo, 20, destaca a importância dos eventos gratuitos e mais acessíveis para a população “Aqui é um evento feito para o povo, é um evento aberto, não tem valor fixo e cada um contribui com aquilo que pode. A nossa inspiração é a galera”.

A DJ e organizadora do evento, Barbara Novais, 24, reivindica ao prefeito de Goiânia projetos na área da cultura.  “Eu espero que ele invista mais e faça mais vista grossa para reclamações pequenas como o barulho. Um evento cultural de rua abrange muitas pessoas que não tem condição e com isso estamos dando oportunidade para quem não pode pagar para ir a uma boate” ressalta.

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