Texto e Fotos: Lu Couto e Willian Alves
Edição: Profa. Viviane Maia
Foi aberta nesta sexta-feira, 22 de março, a 10ª edição do Projeto de Extensão Cineclube Araguaia, com sessões no matutino e no noturno, respectivamente nos auditórios da unidade Bueno da Faculdade Araguaia e do Colégio Téo. O filme escolhido foi Tempo Compartilhado, do diretor mexicano Sebastian Hofmann. O projeto é realizado todos os semestres, desde 2014, e tem por objetivo discutir temas atuais, por meio da exibição de produções audiovisuais seguida de debates.
Após a exibição do filme, foi realizada uma mesa de debates formada pelos professores dos cursos de Comunicação Gustavo Ponciano, Roberta Barros e Verônica Brandão; além do professor de Economia Douglas Paranaíba, do curso de Direito. O debate levantou questões pontuais relacionadas à forma de vida da sociedade contemporânea.
De acordo com a professora Verônica Brandão, um filme não é feito sozinho, por isso na produção audiovisual tudo é compartilhado e isso acaba refletindo na distribuição e venda do produto. “A economia compartilhada está em todos os campos como, por exemplo, na nossa locomoção, diversão, trabalho, família entre outros. Por isso, não há como não pensar em compartilhamento de produtos e serviços de uso comum”, explica.
A professora Juliana Junqueira, que esteve presente na sessão da noite, lembra que estamos cada vez mais isolados uns dos outros e alerta para a falta de diálogo entre os profissionais da comunicação “Nós não fazemos comunicação sozinhos. Se nos afastarmos de outros profissionais, como ocorreu no filme, que era uma resistência do personagem principal em não compartilhar o espaço, acabaremos iguais a ele, ou seja, sem sucesso algum”, discorre.
Para o professor Douglas Paranaíba, “o filme veio com a proposta de tentar criticar o que seria a nova onda de economia compartilhada. Trouxe uma visão crítica do sistema de mercado e o sistema de capitalismo. A economia compartilhada é uma quebra de paradigmas”.
O estudante do primeiro período de Publicidade e Propaganda, Gabriel Gomes, de 18 anos, destacou que o filme tem tudo a ver com o eixo temático do semestre. “Estamos usando outros meios para compartilhar a mesma informação. Não está mais centralizado apenas na televisão, no rádio e jornais, como era antes”, afirma.