A educação como um jogo de interesses

Foi realizada nos dias 25 a 29 de maio, a VIII Semana da Educação da Faculdade Araguaia na unidade Centro direcionada aos acadêmicos de Pedagogia, porém o tema discutido oferece uma série de informações para quem se interessar, já que o evento é aberto para toda a comunidade. Com programações distribuídas durante toda a semana, os participantes tiveram a percepção da situação em que a educação se encontra em nosso país. Na quinta (28) foi o dia de oficinas com discussões relacionadas à educação e em uma das salas o professor Paulo Roberto Miranda esteve palestrando sobre a relação da educação com o trabalho e a tecnologia.
A oficina ofereceu uma discussão esclarecedora para algumas dúvidas dos participantes. Kaline Frances, estudante do curso de Pedagogia do 2º período mostrou o seu anseio de entender onde ela está se inserindo e ela percebeu a importância dessa discussão nas salas de aula, pois só assim pôde enxergar a realidade. Esse assunto trouxe a ela crescimento intelectual e com o resultado da discussão entendeu que a desigualdade social e os interesses políticos estão dificultando o avanço da educação no Brasil. Ela quer desempenhar da melhor forma o seu papel como pedagoga para mudar esse quadro em sua volta.

O professor Paulo, quando foi interrogado sobre a negligência do governo com a educação direcionou esse fato como “um jogo de interesses onde o controle do estado está em primeira instância, pois não querem uma sociedade crítica que questione o poder”. Para ele, a educação só começaria a avançar quando fosse universalizada, ou seja, para todos. Como pode haver qualidade em um país onde o professor não é reconhecido e o ambiente escolar não é propício para o aprendizado?
Foram feitos vários questionamentos, e essa discussão vai longe quando começamos a fundamentar e argumentar os fatos. Mas o tempo foi curto para estudar tudo o que envolve esse momento em que vivemos na educação brasileira. Portanto, a educação não está sendo para todos e sim para as classes dominantes. Como o professor Paulo citou, “O trabalhador é para trabalhar e a elite é para pensar”. Tudo é feito para manter o controle do estado sem que seja questionado.
Texto e Fotos por: Felipe Sena, Isadora Brito e Kariny Bianca, alunos do terceiro período de jornalismo Faculdade Araguaia

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