Estudantes de Enfermagem da UniAraguaia realizam assistência à saúde no complexo prisional

Até Maio, estudantes do curso de Enfermagem do Centro Universitário Araguaia (UniAraguaia) estarão realizando assistência à saúde no Complexo Prisional. A atividade está sendo supervisionada pela professora e enfermeira Ma. Tauana de Souza Amaral. 

As atividades contam com o apoio da Gerência de Saúde Prisional Coordenado pelo Sandro de Souza e Silva, que possui termo de Cooperação junto com o Núcleo de Pesquisa e Ações Interdisciplinares em Doenças Infecciosas com Ênfase nas IST/HIV/AIDS (NUCLAIDS – UFG).

De acordo com a professora Tauana de Souza, o intuito da atividade é fornecer conhecimento sobre o papel do enfermeiro dentro da Equipe de Atenção Básica Prisional, que é um dos campos de atuação da profissão contemplando o nível primário do Sistema Único de Saúde. Além disso, a atividade também visa a prestação do cuidado em saúde com as populações privadas de liberdade (PPL), desde a consulta, diagnóstico e tratamento das principais comorbidades, e mostrar como funciona na prática a operacionalização da Política de Atenção Básica. 

“Entender esse contexto é de suma importância para o desenvolvimento das competências e habilidades exigidas durante a formação acadêmica, visto que a População Privada de Liberdade (PPL) não só possui vulnerabilidade a diversas condições patológicas, mas também lidam com estigma e discriminação pela sociedade”, afirma a professora.

A coordenadora do curso de Enfermagem da UniAraguaia, Ma. Jessica da Silva Campos, destaca que as atividades práticas possibilitam o desenvolvimento de habilidades técnicas científicas, sociais e humanísticas.  “Essa experiência proporciona aos alunos a oportunidade de atuar com responsabilidade social, compromisso com a cidadania e em acordo com os princípios da bioética estabelecidos pela profissão. Na atividade, os alunos puderam vivenciar de perto a realidade dos presidiários e a complexidade dos desafios enfrentados no ambiente carcerário”.

Para a aluna Murielle Vieira, a experiência permitiu que ela tivesse contato com uma outra realidade. “Em uma das visitas tive a oportunidade de praticar esse princípio e consegui olhar o indivíduo como um todo, que merece uma saúde e saneamento de qualidade, é importante não só para o privado de liberdade, mas também para toda comunidade. Foi uma área que de fato me encontrei e surgiu um desejo imenso de atuar nesse segmento por achar gratificante saber que estou contribuindo para a melhoria na qualidade de vida do PPL e conhecendo diversas realidades e histórias”.

 “Quando a professora nos propôs uma atividade no complexo prisional, enfrentamos diversas reações e preconceitos enraizados em nossa sociedade, inclusive vindos de nossos próprios familiares. No entanto, fomos surpreendidos positivamente pelo que se revelou como um aprendizado para a vida. Ao chegarmos com nossa professora Tauana, fomos recebidos pela enfermeira responsável do setor, que nos forneceu as orientações necessárias e coordenou o trabalho que deveríamos realizar junto às pessoas privadas de liberdade. Fomos instruídos sobre como realizar as atividades com segurança, sempre sob a supervisão dos agentes penitenciários”, relatou a aluna Jusselda Ferreira Fonseca.

A estudante Raquel Nascimento destacou que a atividade foi de grande importância para seu crescimento pessoal e profissional. “Essa ação me fez enxergar que independente do que a pessoa cometeu deve ter o tratamento da mesma forma, estamos estudando para ajudar qualquer que seja o paciente. Para mim foi um trabalho bem tranquilo e se tiver a oportunidade gostaria de trabalhar naquele local”.

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